sábado, 27 de maio de 2017

O Sangrador e o Doutor, Rio de Janeiro, 1820 - Histórias do Brasil (7/10)

postagem 21



 Benedito, um ex-escravo de 50 anos, é levado até um rico palacete em
Botafogo. Dona Ana está aflita. Seu marido, João Alencar, está de cama,
inconsciente, muito doente. Dona Ana ouviu dizer que se alguém pode
curar seu marido esse alguém é Benedito, o maior sangrador da Cidade
Nova. Disposta a tentar de tudo depois dos fracassos dos mais caros e
respeitados médicos da Capital, Dona Ana pede que Benedito trate de seu
marido. Após um rápido exame, Benedito decide começar o tratamento com
uma sangria. Em seguida, deita "bixas" - sanguessugas - pelo corpo de
Alencar. Dois dias depois, Alencar está de pé. Muito católico, ele
credita sua recuperação às orações da mulher. Mas Dona Ana admite que
recorreu a um barbeiro sangrador. Alencar, então, pede o endereço do
ex-escravo, para que possa agradecer pessoalmente. Alencar encontra a
pequena casa na Cidade Nova vazia. Mas escuta um falatório e um batuque.
Ele entra. Nos fundos da casa, Alencar se depara com um culto de
candomblé. Horrorizado com a cena, ele vai embora, fazendo o sinal da
cruz: sua vida foi salva num ritual pagão. E isso ele não pode admitir.

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